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Será mais fácil para uma criança que tiver desfrutado de uma infância recheada de carinho, rica em estímulos e repleta de divertimento, originar um adulto feliz e equilibrado.”
Desmond Morris
O trabalhar com crianças, a nosso ver, exige muito mais de nós como pessoas. Mais do que planear, fazer actividades, temos que nos adaptar ao grupo, ganhar a sua confiança, o seu respeito. É um trabalho que leva tempo, todas as crianças são diferentes, todas elas têm os seus ritmos, a sua personalidade, os seus medos e angústias, o seu jeitinho tão próprio de Ser.
O principal é saber observar, ouvir e saber esperar. É saber qual o nosso papel e respeitar o tempo, o espaço e o papel da própria criança. É não interferir na sua exploração, nas suas conquistas, nos seus silêncios, nas suas brincadeiras. É estar presente, ter ser pronto um sorriso, um olhar, um gesto, uma acção cúmplice com a criança. É ensinar o menos possível para que a criança aprenda o máximo possível!
O interagir com a criança deve ser verdadeiro e autêntico, mostrarmo-nos, mostrar os nossos sentimentos e emoções. Devemos verbalizar os nossos sentimentos, mostrar às crianças como é que somos, que também ficamos tristes, alegres, como eles. A autenticidade faz-nos estar sempre conscientes dos nossos sentimentos e comunicá-los adequadamente às crianças, sem as culpabilizar como causa desses sentimentos.
A Educação deve organizar-se à volta de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento:
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos
Aprender a Ser”.
Jacques Delors